sexta-feira, 4 de setembro de 2009
ELE NASCEU HÁ 100 ANOS
Há seguramente cem anos, surgia no bairro da Cidade Nova, no Rio de Janeiro, uma forma de tocar musica dançante destinada a transformar-se, sob o nome de choro, na primeira grande contribuição dos artistas populares brasileiros à criação de um estilo musical realmente nacional.Reunidos à volta do flautista mulato Joaquim Antonio da Silva Calado (1848-1880), músicos como Viriato Figueira da Silva, Patola, Saturnino, Silveira e Luizinho, especialista na invenção de modulações sestrosas e complicadas, para "derrubar" os acompanhadores, descobriram meio século antes do jazz que era possível transformar a musica num jogo criativo, embora exigindo para ser praticado é bem verdade um nível de talento muito proximo do gênio.A base da flauta, violão e cavaquinho, e logo de lofclide (que entrou avassaladoramente fazendo contracanto), esses artistas estruturaram um estilo tão soluçante nas passagens melódicas sobre os graves a chamada baixaria dos violões que já em 1889 a compositora Chiquinha Gonzaga podia batizar oficialmente a invenção, ao escolher para um de seus "tangos característicos" o titulo Só No Choro. No século que se seguia a essa criação dos músicos populares cariocas, na maioria mestiços em processo de ascenção social, o choro revelou artistas da grandeza de Sátiro Bilhar, João Pernambuco Tute e Dino (violões); Lula Cavaquinho e Nelson Alves (cavaquinho); Patápio, Pixinguinha e Altamiro Carrilho (flauta); Acioli e Bonfiglio de Oliveira (pistão), entre centenas de outros. E quando seu ultimo grande animador Jacó do Bandolim morreu no Rio de Janeiro, alguns jornais escreveram que com ele morria também o choro representante de uma época de ouro (e esse era, por sinal, o nome do conjunto de Jacó, após sua morte liderado pelo violinista Dino).Pois quando a invasão alucinante dos ritmos estrangeiros, estourando nas vitrolas, fazia crer que esse vaticínio se cumprira, a descoberta de um conjunto de músicos amadores no bairro paulista da Casa Verde em pleno ano da graça de 1973 vem revelar um milagre do misterioso rio da tradição popular: resistindo à onda de todas as modas musicais impostas pelo impacto da maquina industrial, do "jazz band" ao "rock rural", o choro brasileiro continua vivo. E canta e contra canta criativo como nunca, a beira do Tiete.
QUEM É QUEM NA HISTÓRIA DO CHORO
CaladoFlautista, autor de "Lundu Característico" (1873), foi um dos responsáveis pela popularização da polca e do maxixe. Reforçou a idéia de competição entre instrumentistas, comum à época.
Patápio Silva Ficou famoso por ser o primeiro flautista a fazer um registro fonográfico. Aventureiro, conta-se que teria morrido envenenado pelo bucal de sua flauta, por motivos passionais.
Anacleto de Medeiros Misturou o scottisch e a polca com sonoridades brasileiras. Orquestrador habilidoso, traduziu a linguagem das bandas para as rodas-de-choro.
Chiquinha Gonzaga Primeira mulher a atuar no chorinho como compositora e pianista. Trocou o casamento pela música. Abolicionista e maestrina de teatro de revistas, montou selo e lançou novos artistas.
Ernesto Nazareth Músico de trajetória erudita, ligado à escola européia de interpretação. Fixou os formatos do tango e valsa especificamente brasileiros, com a introdução do lundu nos mesmos.
João Pernambuco Trouxe do sertão sua forma típica de canção e enriqueceu o choro com elementos regionais. Colaborou para que o violão deixasse de ser um mero acompanhamento na música popular.
Pixinguinha Deu ao choro sua forma musical definitiva. Como instrumentista e compositor, modernizou o tratamento da música popular e difundiu o contraponto. Atuou com destaque como arranjador.
Garoto O violonista paulistano foi estrela da fase áurea das rádios cariocas. Fundiu o choro com o jazz e a música de concerto em arranjos de alta complexidade técnica.
Jacob do Bandolim O bandolinista carioca promoveu o resgate de autores e repertórios antigos, adaptações de partituras para o bandolim e fez inúmeras composições. Criou o mítico conjunto Época de Ouro.
Waldir Azevedo O mais popular artista do choro. "Brasileirinho" e "Delicado" estouraram nas rádios. Explorou de forma inédita as possibilidades do cavaquinho.
Radamés Gnattali O maestro, com projetos como a Camerata Carioca, modernizou a forma clássica e rígida do choro, tornando-o flexível e aberto a fusões com outros elementos, como o jazz e o pop.
Joel Nascimento Ao lado do também bandolinista Déo Rian, o instrumentista é considerado um herdeiro legítimo de Jacob do Bandolim. É responsável por importantes registros nos anos 70 e 80. Seu principal álbum, "Chorando pelos Dedos", foi considerado inovador no gênero.
Música Popular do Brasil
Dizer que a música popular feita no Brasil é caracterizada por sua riqueza é repetitivo, mas é essencial para defini-la.
Sua história começa com os índios e com a música feita pelos jesuítas que aqui aportaram. Esse encontro entre a música dos jesuítas e a música dos indígenas é a pré-história da música popular do Brasil. A evolução desses ritmos primitivos, como o cateretê ou o cantochão, são ainda hoje tocados em festas populares.
A música popular do Brasil só se tornaria mais forte no final do século 17, com o lundu, dança africana de meneios e sapateados, e a modinha, canção de origem portuguesa de cunho amoroso e sentimental. Esses dois padrões, a influência africana e a européia, alternaram-se e combinaram-se das mais variadas e inusitadas formas durante o percurso que desembocou, junto a outras influências posteriores, na música popular dos dias de hoje, que desafia a colocação de rótulos ou classificações abrangentes.
Durante o período colonial e o Primeiro Império, além dos já citados lundu e modinha, também as valsas, polcas e tangos de diversas origens estrangeiras encontraram no Brasil uma nova forma de expressão.
Já no século 19 surgem os conjuntos de chorões, que adaptam formas musicais européias -como a mazurca, a polca e o scottisch- ao gosto brasileiro e à forma brasileira de se tocar essas construções. Surge então, a partir da brasileirização dessas formas, o choro, e firmam-se novas danças, como o maxixe.
Outras duas coisas que ajudaram decisivamente o aparecimento da canção popular no Brasil foram o carnaval carioca e o gramofone. Pixinguinha, João da Baiana, Donga -autor de Pelo Telefone, primeiro samba gravado, em 1917-, foram grandes nomes nesse período, junto com os continuadores dos chorões.
O samba urbano só se firmaria na década de 30, época em que surge a primeira escola de samba, a Deixa Falar, fundada em 1929. Depois, com a popularização do rádio e do disco a música popular se consolidaria e chegaria ao mundo de opções musicais que hoje o Brasil possui.Renato Roschel do Banco de Dados
sábado, 25 de julho de 2009
CHORINHO BRASILEIRO
Certa noite, ao entrar no meugabinete, vi, num mapa-mundique tenho na parede,o nosso Brasil chorar:O que houve, meu Brasilbrasileiro? _ perguntei-lhe!E ele, espreguiçando-se emseu berço esplêndido,esparramado e verdejantesobre a América do Sul,respondeu chorando, comsuas lágrimas amazônicas:
_ Estou sofrendo. Vejam o que estão fazendo comigo...Antes, os meus bosques tinham mais florese meus seios mais amores.Meu povo era heróico e os seus brados retumbantes.O sol da liberdade era mais fúlgidoE brilhava no céu a todo instante.Onde anda a liberdade,onde estão os braços fortes?
Eu era a Pátria amada, idolatrada.Havia paz no futuro e glórias no passado.Nenhum filho meu fugia à luta.Eu era a terra adorada e dos filhos deste soloera a mãe gentil.E era gigante pela própria naturezaque hoje devastam e queimam,sem nenhum homem de coragemque às margens plácidas de algum riachinhotenha a coragem de gritar mais altopara libertar-me desses novos tiranosque ousam roubar o verde lourode minha flâmula.
E não suportando as chorosasqueixas do Brasil, saí de casae fui para o jardim.Era noite e pude vera imagem do Cruzeiroque resplandece no lábaro queo nosso país ostenta estrelado.Pensei...conseguiremos salvaresse país sem braços fortes?Pensei mais...quem nosdevolverá a grandezaque a Pátria nos traz?Voltei ao gabinete mas encontreio mapa silencioso e mudo,como uma criança dormindoem seu berço esplêndido.
Lá fora, nas ruas e praças, já estão sendo feitosos preparativos para os comícios.Quem salvará o Brasil? Perguntei a mim mesmocomo se tivesse a resposta...Eu? Tu? Ele? Nós? Vós? Eles?Ninguém isoladamente, certamente.
Talvez quem sabe,numa nova conjugação?
Por favor, muito cuidado ao votar.Esteja bastante consciente de sua escolha,coloque acima de qualquer interesseo amor por esta Pátria que precisa deixar de serum país do futuro para sera nossa realidade de hoje.
Criação: Jocelia Designer : Homem Sonhador
Pixinguinha
Composições
A pombinha (com Donga)
A vida é um buraco
Agüenta, seu Fulgêncio
Ai, eu queria (com Vidraça)
Ainda existe
Ainda me Recordo
Amigo do povo
Assim é que é
Benguelê
Bianca (com Andreoni)
Buquê de flores (com W. Falcão)
Cafezal em flor (com Eugênio Fonseca)
Carinhos
Carinhoso (com João de Barro)
Carnavá tá aí (com Josué de Barros)
Casado na orgia (com João da Baiana)
Casamento do coronel Cristino
Céu do Brasil (com Gomes Filho)
Chorei
Chorinho no parque São Jorge (com Salgado Filho)
Cochichando (com João de Barro e Alberto Ribeiro)
Conversa de crioulo (com Donga e João de Baiana)
Dança dos ursos
Dando topada
Desprezado
Displicente
Dominante
Dominó
Encantadora
Estou voltando
Eu sou gozado assim
Fala baixinho (com Hermínio Bello de Carvalho)
Festa de branco (com Baiano)
Foi muamba (com Índio)
Fonte abandonada (com Índio)
Fratenidade
Gargalhada
Gavião calçudo (com Cícero de Almeida)
Glória
Guiomar (com Baiano)
Há! hu! lá! ho! (com Donga e João da Baiana)
Harmonia das flores (com Herminio Bello de Carvalho)
Hino a Ramos
Infantil
Iolanda
Isso é que é viver (com Herminio Bello de Carvalho)
Isto não se faz (com Herminio Bello de Carvalho)
Já andei (com Donga e João da Baiana)
Já te digo (com China)
Jardim de Ilara (com C. M. Costal)
Knock-out
Lamento
Lamentos (com Vinícius de Moraes)
Lá-ré
Leonor
Levante, meu nego
Lusitânia (com F. G. D. )
Mais quinze dias
Mama, meu netinho (com Jararaca)
Mamãe Isabé (com João da Baiana)
Marreco quer água
Meu coração não te quer (com E. Almeida)
Mi tristezas solo iloro
Mulata baiana (com Gastão Viana)
Mulher boêmia
Mundo melhor (com Vinícius de Moraes)
Não gostei dos teus olhos (com João da Baiana)
Não posso mais
Naquele tempo
Nasci pra domador (com Valfrido Silva)
No elevador
Noite e dia (com W. Falcão)
Nostalgia ao luar
Número um
O meu conselho
Os batutas (com Duque)
Os cinco companheiros
Os home implica comigo (com Carmen Miranda)
Onde foi Isabé
Oscarina
Paciente
Página de dor (com Índio)
Papagaio sabido (com C. Araújo)
Patrão, prenda seu gado (com Donga e João da Baiana)
Pé de mulata
Poema de raça (com Z. Reis e Benedito Lacerda)
Poética
Por vôce fiz o que pude (com Beltrão)
Pretenciosa
Promessa
Que perigo
Que querê (com Donga e João da Baiana)
Quem foi que disse
Raiado (com Gastão Viana)
Rancho abandonado (com Índio)
Recordando
Rosa (com Otávio de Sousa)
Rosa
Samba de fato (com Baiano)
Samba de nego
Samba do urubu
Samba fúnebre (com Vinícius de Moraes)
Samba na areia
Sapequinha
Saudade do cavaquinho (com Muraro)
Seresteiro
Sofres porque queres
Solidão
Sonho da Índia (com N. N. e Duque)
Stella (com de Castro e Sousa)
Teu aniversário
Teus ciúmes
Triangular
Tristezas não pagam dívidas
Um a zero (com Benedito Lacerda)
Um caso perdido
Uma festa de Nanã (com Gastão Viana) * Urubu
Vamos brincar
Variações sobre o urubu e o gavião
Vem cá! não vou!
Vi o pombo gemê (com Donga e João da Baiana)
Você é bamba (com Baiano)
Você não deve beber (com Manuel Ribeiro)
Vou pra casa
Xou Kuringa (com Donga e João da Baiana)
Yaô africano (com Gastão Viana)
Zé Barbino (com Jararaca)
Proezas de Solon
Vou Vivendo
Letra
Filme “Tico-Tico no Fubá”
Em 1952, a Companhia Cinematográfica Vera Cruz produziu o filme Tico-Tico no Fubá, baseado na vida de Zequinha de Abreu.
Filme “Brasileirinho”
Em 2005 foi lançado o filme documentário Brasileirinho, um tributo ao gênero choro, do cineasta e diretor finlandês Mika Kaurismäki. Alguns músicos que participaram do filme foram Yamandú Costa, Paulo Moura e Trio Madeira Brasil, dentre outros.
”Jazz Brasileiro”?
Muitas pessoas dizem que o choro é o “jazz brasileiro”, mas ocorre que, apesar de ambos terem em comum a improvisação, o choro surgiu antes do jazz, portanto este último é que deveria chamar-se “choro estadunidense”. Além disso, a origem dos mesmos é diferente, o jazz provém da cultura negra estadunidense e o choro tem origem européia, da polca principalmente. Uma comparação muito mais apropriada entre dois gêneros musicais brasileiro e estadounidense é a feita entre o Jazz e a Bossa Nova, essa sim, diretamente influenciada pelo ritmo criado nos EUA.
Chorões
Dia do Choro
O Dia Estadual do Choro em São Paulo,A partir de 2009,o dia 28 de junho passará a ser conhecido como o Dia Estadual do Choro. A homenagem foi oficializada nesta quarta-feira, dia 11, com a publicação, no Diário Oficial do Estado, da Lei 13.447/09, de iniciativa do deputado Paulo Alexandre Barbosa (PSDB). Nessa data, comemora-se o aniversário do "Garoto", nome artístico do histórico instrumentista brasileiro Aníbal Augusto Sardinha.
Alguns dos chorões mais conhecidos
“Tico-Tico no Fubá”, de Zequinha de Abreu
“Brasileirinho”, de Waldir Azevedo
“Noites Cariocas”, de Jacob do Bandolim
“Carinhoso”, de Pixinguinha
“O violão e a flor”, de Toninho Ramos
Dentre as composições de Heitor Villa-Lobos, o ciclo dos Choros é considerado a mais significativa. O chorão mais conhecido e ativo na atualidade é o virtuoso flautista e compositor Altamiro Carrilho, que já se apresentou em mais de 40 países difundindo o gênero.
sexta-feira, 24 de julho de 2009
Choro ou Chorinho?
Lista de Chorões em ordem cronológica
Joaquim Calado (1848-1880)
Viriato Figueira (1851-1883)
Juca Kallut (1858-1922)
Sátiro Bilhar (1860-1927)
Ernesto Nazareth (1863-1934)
Catulo da Paixão Cearense (1863-1946)
Anacleto de Medeiros (1866-1907)
Irineu de Almeida (1873-1916)
Quincas Laranjeiras (1873-1935)
Patápio Silva (1880-1907)
Zequinha de Abreu (1880-1935)
João Pernambuco (1883-1947)
Heitor Villa-Lobos (1887-1959)
Donga (1890-1974)
Bonfiglio de Oliveira (1894-1940)
Pixinguinha (1897-1973)
Luiz Americano (1900-1960)
Benedito Lacerda (1903-1958)
Luperce Miranda (1904-1977)
Radamés Gnattali (1906-1988)
Copinha (1910-1984)
Abel Ferreira (1915-1980)
Garoto (1915-1955)
Raul de Barros (1915- )
Dilermando Reis (1916-1977)
K-Ximbinho (1917-1980)
Jacob do Bandolim (1918-1968)
Dino 7 Cordas (1918-2006)
Rossini Ferreira (1919 - ?)
Ademilde Fonseca (1921- )
Orlando Silveira (1922-1993)
Waldir Azevedo (1923-1980)
Álvaro Brochado Hilsdorf (1923-1997)
Altamiro Carrilho (1924- )
Carlos Poyares (1928- )
Antônio da Silva Torres, o Jacaré (1930-2005)
Evandro do Bandolim (1932-1994)
Paulo Moura (1933- )
Joel Nascimento (1937- )
Canhotinho (1938- )
Ventura Ramirez (1939- )
Arthur Moreira Lima (1940- )
Paulinho da Viola (1942- )
Toninho Ramos - 7 cordas (1942- )
Déo Rian (1944- )
Moraes Moreira (1947- )
Pedro Amorim (1958- )
Raphael Rabello (1962-1995)
Aleh Ferreira (1966- )
Maurício Carrilho(?)
Nilze Carvalho (1969- )
Hamilton de Holanda (1976- )
Danilo Brito (1985- )
Mestre Zé Paulo(?)
Valter Silva - 7 cordas(?)
Instrumentos musicais típicos do choro brasileiro
Choro Sucesso internacional
O choro faz sucesso em países muito distantes do Brasil, como o Japão, França, Itália e Estados Unidos. Já em 1985, quando a Camerata Carioca esteve no Japão, constatou a existência de músicos que tocavam e estudavam música brasileira, como o Choro Club que faz uma fusão da linguagem do choro com as tendências contemplativas da música oriental, com um repertório de composições próprias e de Ernesto Nazareth e Jacob do Bandolim. Em outubro de 2006 houve uma Roda do Choro da Camerata do Choro ( direção: Paulo Gouveia, flauta) em Hamburgo/Alemanha que contou com participação entre outros de Wilfried Berk (Rio de Janeiro/Hannover), com sua clarineta chorona, e de Fabiano Borges (Brasília) no violão de 7 cordas. Em Novembro de 2007, o Trio Madeira Brasil atuou em Berlim e Munique tocando com convidados (Yamandú Costa, Zé da Velha) os highlights do filme "Brasileirinho" de Mika Kaurismäki. Em Dezembro de 2007 foi fundado em Turim (Itália) o Clube do Choro de Turim, que realiza periodicamente Rodas de Choro e pouco a pouco se torna uma referência do gênero no Norte da Itália.
segunda-feira, 20 de julho de 2009
Reforma Ortográfica, começa a valer, a partir de 01 de janeiro de 2009
Trema – desaparece em todas as palavras
Antes
Freqüente, lingüiça, agüentar
Depois
Frequente, linguiça, aguentar
* Fica o acento em nomes como Müller
Acentuação 1 – some o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (as que têm a penúltima sílaba mais forte)
Antes
Européia, idéia, heróico, apóio, bóia, asteróide, Coréia, estréia, jóia, platéia, paranóia, jibóia, assembléia
Depois
Europeia, ideia, heroico, apoio, boia, asteroide, Coreia, estreia, joia, plateia, paranoia, jiboia, assembleia
* Herói, papéis, troféu mantêm o acento (porque têm a última sílaba mais forte)
Acentuação 2 – some o acento no i e no u fortes depois de ditongos (junção de duas vogais), em palavras paroxítonas
Antes
Baiúca, bocaiúva, feiúra
Depois
Baiuca, bocaiuva, feiura
* Se o i e o u estiverem na última sílaba, o acento continua como em: tuiuiú ou Piauí
Acentuação 3 – some o acento circunflexo das palavras terminadas em êem e ôo (ou ôos)
Antes
Crêem, dêem, lêem, vêem, prevêem, vôo, enjôos
Depois
Creem, deem, leem, veem, preveem, voo, enjoos
Acentuação 4 – some o acento diferencial
Antes
Pára, péla, pêlo, pólo, pêra, côa
Depois
Para, pela, pelo, polo, pera, coa
* Não some o acento diferencial em pôr (verbo) / por (preposição) e pôde (pretérito) / pode (presente). Fôrma, para diferenciar de forma, pode receber acento circunflexo
Acentuação 5 – some o acento agudo no u forte nos grupos gue, gui, que, qui, de verbos como averiguar, apaziguar, arguir, redarguir, enxaguar
Antes
Averigúe, apazigúe, ele argúi, enxagúe você
Depois
Averigue, apazigue, ele argui, enxague você
Observação: as demais regras de acentuação permanecem as mesmas
Hífen – veja como ficam as principais regras do hífen com prefixos:
Prefixos
Usa hífen
Não usa hífen
Agro, ante, anti, arqui, auto, contra, extra, infra, intra, macro, mega, micro, maxi, mini, semi, sobre, supra, tele, ultra...
Quando a palavra seguinte começa com h ou com vogal igual à última do prefixo: auto-hipnose, auto-observação, anti-herói, anti-imperalista, micro-ondas, mini-hotel
Em todos os demais casos: autorretrato, autossustentável, autoanálise, autocontrole, antirracista, antissocial, antivírus, minidicionário, minissaia, minirreforma, ultrassom
Hiper, inter, super
Quando a palavra seguinte começa com h ou com r: super-homem, inter-regional
Em todos os demais casos: hiperinflação, supersônico
Sub
Quando a palavra seguinte começa com b, h ou r: sub-base, sub-reino, sub-humano
Em todos os demais casos: subsecretário, subeditor
Vice
Sempre:
vice-rei, vice-presidente
Pan, circum
Quando a palavra seguinte começa com h, m, n ou vogais: pan-americano, circum-hospitalar
Em todos os demais casos: pansexual, circuncisão
Fonte: professor Sérgio Nogueira
As novas regras ortográficas passam a valer no dia 1º de janeiro de 2009. De acordo com o decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, até 2012 valem as duas formas de escrever: a antiga e a nova. O G1 usará apenas a nova forma.
No Ano Novo começa o chamado “período de transição”. Portugal, que também aprovou o acordo ortográfico, adotará as novas regras até 2014.
O guia acima traz as mudanças que já estão definidas. Ainda há exceções - por exemplo, no uso do hífen - que deverão ser discutidas entre as Academias de Letras dos países que falam a língua portuguesa. Espera-se que a Academia Brasileira de Letras organize um vocabulário até fevereiro de 2009.
Vale lembrar que o que muda é a grafia. Ou seja, nada de pronunciar “lin-gui-ça”. A fala continua a mesma, mesmo sem os dois pontinhos em cima do “u”.
Fonte : Professor Sérgio Nogueira (G1)
quarta-feira, 15 de julho de 2009
Bossa Nova
Choro
segunda-feira, 6 de julho de 2009
Cotados para eventos e especialidade
bruno_flute@yahoo.com (84) 9151-6885
Ceará-Mirim presta homenagens ao des. Aécio Sampaio
GRUPO Odeon
“Choro”
O Choro, popularmente chamado de chorinho, é um gênero musical, uma música popular e instrumental brasileira, com mais de 130 anos de existência. Os conjuntos que o executam são chamados de regionais e os músicos, compositores ou instrumentistas, são chamados de chorões. Apesar do nome, o gênero é em geral de ritmo agitado e alegre, caracterizado pelo virtuosismo e improviso dos participantes, que precisam ter muito estudo e técnica, ou pleno domínio de seu instrumento. O choro é considerado a primeira música popular urbana típica do Brasil e difícil de ser executado. Nosso samba segue o mesmo príncipio. A versatilidade e improviso com carinho a nossa música.
Partindo desse princípio formamos o Grupo Odeon, temos como filosofia manter a autenticidade das composições para que possamos além de executá-las, levar até nosso público a cultura do Choro e o Samba nosso de cada dia.
Fazemos apresentações em todos os tipos de eventos e festas.
Formado por 4 músicos:
Bruno César (Flauta transversal )
Nilson (vilão)
(percussão) Ney Charle e Cícero Vovô
Atenciosamente,
Bruno César e-mail – bruno_flute@yahoo.com (84) 91516885
A proposta do grupo
Poucos conseguem ficar indiferentes com pot pourri’s de choros de andamentos velozes e execuções vibrantes, da mesma forma que todos são envolvidos pelo ambiente melancólico e sereno que alguns choros proporcionam. É fundamentado nestas características do choro que o repertório das apresentações muitas vezes é definido no momento de sua execução. Contudo, havendo a necessidade, nada obsta que o Grupo defina um repertório rico, com tudo o que precisa uma grande apresentação.
Assim, Odeon, por onde passa conquista o público. A cada apresentação mais e mais pessoas são tocadas pelo choro executado por estes competentes músicos. Na Flauta Bruno César no vilão Nilson percussão Ney Charles e Cícero (Vovô)