sexta-feira, 4 de setembro de 2009

ELE NASCEU HÁ 100 ANOS

ELE NASCEU HÁ 100 ANOS

Há seguramente cem anos, surgia no bairro da Cidade Nova, no Rio de Janeiro, uma forma de tocar musica dançante destinada a transformar-se, sob o nome de choro, na primeira grande contribuição dos artistas populares brasileiros à criação de um estilo musical realmente nacional.Reunidos à volta do flautista mulato Joaquim Antonio da Silva Calado (1848-1880), músicos como Viriato Figueira da Silva, Patola, Saturnino, Silveira e Luizinho, especialista na invenção de modulações sestrosas e complicadas, para "derrubar" os acompanhadores, descobriram meio século antes do jazz que era possível transformar a musica num jogo criativo, embora exigindo para ser praticado é bem verdade um nível de talento muito proximo do gênio.A base da flauta, violão e cavaquinho, e logo de lofclide (que entrou avassaladoramente fazendo contracanto), esses artistas estruturaram um estilo tão soluçante nas passagens melódicas sobre os graves a chamada baixaria dos violões que já em 1889 a compositora Chiquinha Gonzaga podia batizar oficialmente a invenção, ao escolher para um de seus "tangos característicos" o titulo Só No Choro. No século que se seguia a essa criação dos músicos populares cariocas, na maioria mestiços em processo de ascenção social, o choro revelou artistas da grandeza de Sátiro Bilhar, João Pernambuco Tute e Dino (violões); Lula Cavaquinho e Nelson Alves (cavaquinho); Patápio, Pixinguinha e Altamiro Carrilho (flauta); Acioli e Bonfiglio de Oliveira (pistão), entre centenas de outros. E quando seu ultimo grande animador Jacó do Bandolim morreu no Rio de Janeiro, alguns jornais escreveram que com ele morria também o choro representante de uma época de ouro (e esse era, por sinal, o nome do conjunto de Jacó, após sua morte liderado pelo violinista Dino).Pois quando a invasão alucinante dos ritmos estrangeiros, estourando nas vitrolas, fazia crer que esse vaticínio se cumprira, a descoberta de um conjunto de músicos amadores no bairro paulista da Casa Verde em pleno ano da graça de 1973 vem revelar um milagre do misterioso rio da tradição popular: resistindo à onda de todas as modas musicais impostas pelo impacto da maquina industrial, do "jazz band" ao "rock rural", o choro brasileiro continua vivo. E canta e contra canta criativo como nunca, a beira do Tiete.

QUEM É QUEM NA HISTÓRIA DO CHORO


QUEM É QUEM NA HISTÓRIA DO CHORO

CaladoFlautista, autor de "Lundu Característico" (1873), foi um dos responsáveis pela popularização da polca e do maxixe. Reforçou a idéia de competição entre instrumentistas, comum à época.

Patápio Silva Ficou famoso por ser o primeiro flautista a fazer um registro fonográfico. Aventureiro, conta-se que teria morrido envenenado pelo bucal de sua flauta, por motivos passionais.

Anacleto de Medeiros Misturou o scottisch e a polca com sonoridades brasileiras. Orquestrador habilidoso, traduziu a linguagem das bandas para as rodas-de-choro.

Chiquinha Gonzaga Primeira mulher a atuar no chorinho como compositora e pianista. Trocou o casamento pela música. Abolicionista e maestrina de teatro de revistas, montou selo e lançou novos artistas.

Ernesto Nazareth Músico de trajetória erudita, ligado à escola européia de interpretação. Fixou os formatos do tango e valsa especificamente brasileiros, com a introdução do lundu nos mesmos.
João Pernambuco Trouxe do sertão sua forma típica de canção e enriqueceu o choro com elementos regionais. Colaborou para que o violão deixasse de ser um mero acompanhamento na música popular.

Pixinguinha Deu ao choro sua forma musical definitiva. Como instrumentista e compositor, modernizou o tratamento da música popular e difundiu o contraponto. Atuou com destaque como arranjador.

Garoto O violonista paulistano foi estrela da fase áurea das rádios cariocas. Fundiu o choro com o jazz e a música de concerto em arranjos de alta complexidade técnica.

Jacob do Bandolim O bandolinista carioca promoveu o resgate de autores e repertórios antigos, adaptações de partituras para o bandolim e fez inúmeras composições. Criou o mítico conjunto Época de Ouro.

Waldir Azevedo O mais popular artista do choro. "Brasileirinho" e "Delicado" estouraram nas rádios. Explorou de forma inédita as possibilidades do cavaquinho.

Radamés Gnattali O maestro, com projetos como a Camerata Carioca, modernizou a forma clássica e rígida do choro, tornando-o flexível e aberto a fusões com outros elementos, como o jazz e o pop.

Joel Nascimento Ao lado do também bandolinista Déo Rian, o instrumentista é considerado um herdeiro legítimo de Jacob do Bandolim. É responsável por importantes registros nos anos 70 e 80. Seu principal álbum, "Chorando pelos Dedos", foi considerado inovador no gênero.

Música Popular do Brasil


Música Popular do Brasil

Dizer que a música popular feita no Brasil é caracterizada por sua riqueza é repetitivo, mas é essencial para defini-la.
Sua história começa com os índios e com a música feita pelos jesuítas que aqui aportaram. Esse encontro entre a música dos jesuítas e a música dos indígenas é a pré-história da música popular do Brasil. A evolução desses ritmos primitivos, como o cateretê ou o cantochão, são ainda hoje tocados em festas populares.
A música popular do Brasil só se tornaria mais forte no final do século 17, com o lundu, dança africana de meneios e sapateados, e a modinha, canção de origem portuguesa de cunho amoroso e sentimental. Esses dois padrões, a influência africana e a européia, alternaram-se e combinaram-se das mais variadas e inusitadas formas durante o percurso que desembocou, junto a outras influências posteriores, na música popular dos dias de hoje, que desafia a colocação de rótulos ou classificações abrangentes.
Durante o período colonial e o Primeiro Império, além dos já citados lundu e modinha, também as valsas, polcas e tangos de diversas origens estrangeiras encontraram no Brasil uma nova forma de expressão.
Já no século 19 surgem os conjuntos de chorões, que adaptam formas musicais européias -como a mazurca, a polca e o scottisch- ao gosto brasileiro e à forma brasileira de se tocar essas construções. Surge então, a partir da brasileirização dessas formas, o choro, e firmam-se novas danças, como o maxixe.
Outras duas coisas que ajudaram decisivamente o aparecimento da canção popular no Brasil foram o carnaval carioca e o gramofone. Pixinguinha, João da Baiana, Donga -autor de Pelo Telefone, primeiro samba gravado, em 1917-, foram grandes nomes nesse período, junto com os continuadores dos chorões.
O samba urbano só se firmaria na década de 30, época em que surge a primeira escola de samba, a Deixa Falar, fundada em 1929. Depois, com a popularização do rádio e do disco a música popular se consolidaria e chegaria ao mundo de opções musicais que hoje o Brasil possui.Renato Roschel do Banco de Dados

sábado, 25 de julho de 2009

CHORINHO BRASILEIRO


Na cidade de Joinville houve um concurso de redação na Rede Municipal.Título" Dai Pão a quem tem Fome ".


O primeiro lugar foi de uma menina de 14 anos.Utilizou o Hino Nacional para fazer uma Linda Poesias.Parece que nossos brasileiros verde amarelosestão começando a perceber o sentido da palavra patriotismo.

CHORINHO BRASILEIRO
Certa noite, ao entrar no meugabinete, vi, num mapa-mundique tenho na parede,o nosso Brasil chorar:O que houve, meu Brasilbrasileiro? _ perguntei-lhe!E ele, espreguiçando-se emseu berço esplêndido,esparramado e verdejantesobre a América do Sul,respondeu chorando, comsuas lágrimas amazônicas:

_ Estou sofrendo. Vejam o que estão fazendo comigo...Antes, os meus bosques tinham mais florese meus seios mais amores.Meu povo era heróico e os seus brados retumbantes.O sol da liberdade era mais fúlgidoE brilhava no céu a todo instante.Onde anda a liberdade,onde estão os braços fortes?

Eu era a Pátria amada, idolatrada.Havia paz no futuro e glórias no passado.Nenhum filho meu fugia à luta.Eu era a terra adorada e dos filhos deste soloera a mãe gentil.E era gigante pela própria naturezaque hoje devastam e queimam,sem nenhum homem de coragemque às margens plácidas de algum riachinhotenha a coragem de gritar mais altopara libertar-me desses novos tiranosque ousam roubar o verde lourode minha flâmula.

E não suportando as chorosasqueixas do Brasil, saí de casae fui para o jardim.Era noite e pude vera imagem do Cruzeiroque resplandece no lábaro queo nosso país ostenta estrelado.Pensei...conseguiremos salvaresse país sem braços fortes?Pensei mais...quem nosdevolverá a grandezaque a Pátria nos traz?Voltei ao gabinete mas encontreio mapa silencioso e mudo,como uma criança dormindoem seu berço esplêndido.

Lá fora, nas ruas e praças, já estão sendo feitosos preparativos para os comícios.Quem salvará o Brasil? Perguntei a mim mesmocomo se tivesse a resposta...Eu? Tu? Ele? Nós? Vós? Eles?Ninguém isoladamente, certamente.

Talvez quem sabe,numa nova conjugação?

Por favor, muito cuidado ao votar.Esteja bastante consciente de sua escolha,coloque acima de qualquer interesseo amor por esta Pátria que precisa deixar de serum país do futuro para sera nossa realidade de hoje.

Criação: Jocelia Designer : Homem Sonhador

Pixinguinha



Alfredo da Rocha Viana Filho, conhecido como Pixinguinha, (Rio de Janeiro, 23 de abril de 1897Rio de Janeiro, 17 de Fevereiro de 1973) foi um flautista, saxofonista, compositor, cantor, arranjador e regente brasileiro. Pixinguinha é considerado um dos maiores compositores da música popular brasileira, contribuiu diretamente para que o choro encontrasse uma forma musical definitiva. Em 1919, Pixinguinha formou o conjunto Oito Batutas, formado por Pixinguinha na flauta, João Pernambuco e Donga no violão, dentre outros músicos. Fez sucesso entre a elite carioca, tocando maxixes e choros e utilizando instrumentos até então só conhecidos nos subúrbios cariocas. Quando compôs "Carinhoso", entre 1916 e 1917 e "Lamentos" em 1928, que são considerados alguns dos choros mais famosos, Pixinguinha foi criticado e essas composições foram consideradas como tendo uma inaceitável influência do jazz, enquanto hoje em dia podem ser vistas como avançadas demais para a época. Além disso, "Carinhoso" na época não foi considerado choro, e sim uma polca.[carece de fontes?] Outras composições, entre centenas, são "Rosa", "Vou vivendo", "Lamentos", "1 x 0", "Naquele tempo" e "Sofres porque Queres". No dia 23 de abril comemora-se o Dia Nacional do Choro, trata-se de uma homenagem ao nascimento de Pixinguinha. A data foi criada oficialmente em 4 de setembro de 2000, quando foi sancionada lei originada por iniciativa do bandolinista Hamilton de Holanda e seus alunos da Escola de Choro Raphael Rabello. Pixinguinha faleceu na igreja Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, na cidade do Rio de Janeiro, quando seria padrinho de um batizado.


Composições


A pombinha (com Donga)
A vida é um buraco
Agüenta, seu Fulgêncio
Ai, eu queria (com Vidraça)
Ainda existe
Ainda me Recordo
Amigo do povo
Assim é que é
Benguelê
Bianca (com Andreoni)
Buquê de flores (com W. Falcão)
Cafezal em flor (com Eugênio Fonseca)
Carinhos
Carinhoso (com João de Barro)
Carnavá tá aí (com Josué de Barros)
Casado na orgia (com João da Baiana)
Casamento do coronel Cristino
Céu do Brasil (com Gomes Filho)
Chorei
Chorinho no parque São Jorge (com Salgado Filho)
Cochichando (com João de Barro e Alberto Ribeiro)
Conversa de crioulo (com Donga e João de Baiana)
Dança dos ursos
Dando topada
Desprezado
Displicente
Dominante
Dominó
Encantadora
Estou voltando
Eu sou gozado assim
Fala baixinho (com Hermínio Bello de Carvalho)
Festa de branco (com Baiano)
Foi muamba (com Índio)
Fonte abandonada (com Índio)
Fratenidade
Gargalhada
Gavião calçudo (com Cícero de Almeida)
Glória
Guiomar (com Baiano)
Há! hu! lá! ho! (com Donga e João da Baiana)
Harmonia das flores (com Herminio Bello de Carvalho)
Hino a Ramos
Infantil
Iolanda
Isso é que é viver (com Herminio Bello de Carvalho)
Isto não se faz (com Herminio Bello de Carvalho)
Já andei (com Donga e João da Baiana)
Já te digo (com China)
Jardim de Ilara (com C. M. Costal)
Knock-out
Lamento
Lamentos (com Vinícius de Moraes)
Lá-ré
Leonor
Levante, meu nego
Lusitânia (com F. G. D. )
Mais quinze dias
Mama, meu netinho (com Jararaca)
Mamãe Isabé (com João da Baiana)
Marreco quer água
Meu coração não te quer (com E. Almeida)
Mi tristezas solo iloro
Mulata baiana (com Gastão Viana)
Mulher boêmia
Mundo melhor (com Vinícius de Moraes)
Não gostei dos teus olhos (com João da Baiana)
Não posso mais
Naquele tempo
Nasci pra domador (com Valfrido Silva)
No elevador
Noite e dia (com W. Falcão)
Nostalgia ao luar
Número um
O meu conselho
Os batutas (com Duque)
Os cinco companheiros
Os home implica comigo (com Carmen Miranda)
Onde foi Isabé
Oscarina
Paciente
Página de dor (com Índio)
Papagaio sabido (com C. Araújo)
Patrão, prenda seu gado (com Donga e João da Baiana)
Pé de mulata
Poema de raça (com Z. Reis e Benedito Lacerda)
Poética
Por vôce fiz o que pude (com Beltrão)
Pretenciosa
Promessa
Que perigo
Que querê (com Donga e João da Baiana)
Quem foi que disse
Raiado (com Gastão Viana)
Rancho abandonado (com Índio)
Recordando
Rosa (com Otávio de Sousa)
Rosa
Samba de fato (com Baiano)
Samba de nego
Samba do urubu
Samba fúnebre (com Vinícius de Moraes)
Samba na areia
Sapequinha
Saudade do cavaquinho (com Muraro)
Seresteiro
Sofres porque queres
Solidão
Sonho da Índia (com N. N. e Duque)
Stella (com de Castro e Sousa)
Teu aniversário
Teus ciúmes
Triangular
Tristezas não pagam dívidas
Um a zero (com Benedito Lacerda)
Um caso perdido
Uma festa de Nanã (com Gastão Viana) * Urubu
Vamos brincar
Variações sobre o urubu e o gavião
Vem cá! não vou!
Vi o pombo gemê (com Donga e João da Baiana)
Você é bamba (com Baiano)
Você não deve beber (com Manuel Ribeiro)
Vou pra casa
Xou Kuringa (com Donga e João da Baiana)
Yaô africano (com Gastão Viana)
Zé Barbino (com Jararaca)
Proezas de Solon
Vou Vivendo

Letra

Uma das principais discussões sobre o Choro é se deve ou não ter letra. Essa polêmica sempre foi discutida entre os chorões, que tem opiniões diversas, já que o gênero é puramente instrumental, mas de vez em quando algum compositor coloca letra. Um exemplo famoso é o de “Carinhoso” de Pixinguinha que recebeu letra de João de Barro e foi gravado com sucesso por Orlando Silva. As interpretações de Ademilde Fonseca a consagraram como a maior intérprete do choro cantado, sendo considerada a "Rainha do choro".

Filme “Tico-Tico no Fubá”
Em 1952, a Companhia Cinematográfica Vera Cruz produziu o filme Tico-Tico no Fubá, baseado na vida de Zequinha de Abreu.

Filme “Brasileirinho”
Em 2005 foi lançado o filme documentário Brasileirinho, um tributo ao gênero choro, do cineasta e diretor finlandês Mika Kaurismäki. Alguns músicos que participaram do filme foram Yamandú Costa, Paulo Moura e Trio Madeira Brasil, dentre outros.

”Jazz Brasileiro”?


”Jazz Brasileiro”?
Muitas pessoas dizem que o choro é o “jazz brasileiro”, mas ocorre que, apesar de ambos terem em comum a improvisação, o choro surgiu antes do jazz, portanto este último é que deveria chamar-se “choro estadunidense”. Além disso, a origem dos mesmos é diferente, o jazz provém da cultura negra estadunidense e o choro tem origem européia, da polca principalmente. Uma comparação muito mais apropriada entre dois gêneros musicais brasileiro e estadounidense é a feita entre o Jazz e a Bossa Nova, essa sim, diretamente influenciada pelo ritmo criado nos EUA.

Chorões


Chorões
Os chorões geralmente são compositores e também instrumentistas do gênero. Afirma-se que os bons chorões precisam ter grande capacidade de improviso e domínio dos instrumentos.

Dia do Choro

No dia 23 de abril se comemora o Dia Nacional do Choro, trata-se de uma homenagem ao nascimento de Pixinguinha. A data foi criada oficialmente em 4 de setembro de 2000, quando foi sancionada lei originada por iniciativa do bandolinista Hamilton de Holanda e seus alunos da Escola de Choro Raphael Rabello.
O Dia Estadual do Choro em São Paulo,A partir de 2009,o dia 28 de junho passará a ser conhecido como o Dia Estadual do Choro. A homenagem foi oficializada nesta quarta-feira, dia 11, com a publicação, no Diário Oficial do Estado, da Lei 13.447/09, de iniciativa do deputado Paulo Alexandre Barbosa (PSDB). Nessa data, comemora-se o aniversário do "Garoto", nome artístico do histórico instrumentista brasileiro Aníbal Augusto Sardinha.

Alguns dos chorões mais conhecidos

Alguns dos chorões mais conhecidos são Chiquinha Gonzaga, Ernesto Nazareth e Pixinguinha. Alguns dos choros mais famosos são
Tico-Tico no Fubá”, de Zequinha de Abreu
Brasileirinho”, de Waldir Azevedo
“Noites Cariocas”, de Jacob do Bandolim
Carinhoso”, de Pixinguinha
O violão e a flor”, de Toninho Ramos
Dentre as composições de Heitor Villa-Lobos, o ciclo dos Choros é considerado a mais significativa. O chorão mais conhecido e ativo na atualidade é o virtuoso flautista e compositor Altamiro Carrilho, que já se apresentou em mais de 40 países difundindo o gênero.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Choro ou Chorinho?

O nome do gênero é Choro, mas popularmente é chamado de Chorinho. Muitos chorões, ou mesmo apreciadores do gênero, não gostam desta última denominação, alegando que não se chama samba de “sambinha” ou jazz de “jazzinho”. Outros consideram o chorinho como um aspecto do choro ou o ambiente proporcionado pelo gênero.

Lista de Chorões em ordem cronológica

Chiquinha Gonzaga (1847-1935)
Joaquim Calado (1848-1880)
Viriato Figueira (1851-1883)
Juca Kallut (1858-1922)
Sátiro Bilhar (1860-1927)
Ernesto Nazareth (1863-1934)
Catulo da Paixão Cearense (1863-1946)
Anacleto de Medeiros (1866-1907)
Irineu de Almeida (1873-1916)
Quincas Laranjeiras (1873-1935)
Patápio Silva (1880-1907)
Zequinha de Abreu (1880-1935)
João Pernambuco (1883-1947)
Heitor Villa-Lobos (1887-1959)
Donga (1890-1974)
Bonfiglio de Oliveira (1894-1940)
Pixinguinha (1897-1973)
Luiz Americano (1900-1960)
Benedito Lacerda (1903-1958)
Luperce Miranda (1904-1977)
Radamés Gnattali (1906-1988)
Copinha (1910-1984)
Abel Ferreira (1915-1980)
Garoto (1915-1955)
Raul de Barros (1915- )
Dilermando Reis (1916-1977)
K-Ximbinho (1917-1980)
Jacob do Bandolim (1918-1968)
Dino 7 Cordas (1918-2006)
Rossini Ferreira (1919 - ?)
Ademilde Fonseca (1921- )
Orlando Silveira (1922-1993)
Waldir Azevedo (1923-1980)
Álvaro Brochado Hilsdorf (1923-1997)
Altamiro Carrilho (1924- )
Carlos Poyares (1928- )
Antônio da Silva Torres, o Jacaré (1930-2005)
Evandro do Bandolim (1932-1994)
Paulo Moura (1933- )
Joel Nascimento (1937- )
Canhotinho (1938- )
Ventura Ramirez (1939- )
Arthur Moreira Lima (1940- )
Paulinho da Viola (1942- )
Toninho Ramos - 7 cordas (1942- )
Déo Rian (1944- )
Moraes Moreira (1947- )
Pedro Amorim (1958- )
Raphael Rabello (1962-1995)
Aleh Ferreira (1966- )
Maurício Carrilho(?)
Nilze Carvalho (1969- )
Hamilton de Holanda (1976- )
Danilo Brito (1985- )
Mestre Zé Paulo(?)
Valter Silva - 7 cordas(?)

Instrumentos musicais típicos do choro brasileiro

Instrumentos musicais típicos do choro brasileiro: Violão de 7 cordas, violão, bandolim, flauta, cavaquinho e pandeiro

Choro Sucesso internacional

Sucesso internacional
O choro faz sucesso em países muito distantes do Brasil, como o Japão, França, Itália e Estados Unidos. Já em 1985, quando a Camerata Carioca esteve no Japão, constatou a existência de músicos que tocavam e estudavam música brasileira, como o Choro Club que faz uma fusão da linguagem do choro com as tendências contemplativas da música oriental, com um repertório de composições próprias e de Ernesto Nazareth e Jacob do Bandolim. Em outubro de 2006 houve uma Roda do Choro da Camerata do Choro ( direção: Paulo Gouveia, flauta) em Hamburgo/Alemanha que contou com participação entre outros de Wilfried Berk (Rio de Janeiro/Hannover), com sua clarineta chorona, e de Fabiano Borges (Brasília) no violão de 7 cordas. Em Novembro de 2007, o Trio Madeira Brasil atuou em Berlim e Munique tocando com convidados (Yamandú Costa, Zé da Velha) os highlights do filme "Brasileirinho" de Mika Kaurismäki. Em Dezembro de 2007 foi fundado em Turim (Itália) o Clube do Choro de Turim, que realiza periodicamente Rodas de Choro e pouco a pouco se torna uma referência do gênero no Norte da Itália.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Reforma Ortográfica, começa a valer, a partir de 01 de janeiro de 2009

Reforma Ortográfica, começa a valer, a partir de 01 de janeiro de 2009

Trema – desaparece em todas as palavras

Antes

Freqüente, lingüiça, agüentar

Depois

Frequente, linguiça, aguentar

* Fica o acento em nomes como Müller


Acentuação 1 – some o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (as que têm a penúltima sílaba mais forte)

Antes

Européia, idéia, heróico, apóio, bóia, asteróide, Coréia, estréia, jóia, platéia, paranóia, jibóia, assembléia

Depois
Europeia, ideia, heroico, apoio, boia, asteroide, Coreia, estreia, joia, plateia, paranoia, jiboia, assembleia

* Herói, papéis, troféu mantêm o acento (porque têm a última sílaba mais forte)

Acentuação 2 – some o acento no i e no u fortes depois de ditongos (junção de duas vogais), em palavras paroxítonas

Antes

Baiúca, bocaiúva, feiúra

Depois

Baiuca, bocaiuva, feiura

* Se o i e o u estiverem na última sílaba, o acento continua como em: tuiuiú ou Piauí


Acentuação 3 – some o acento circunflexo das palavras terminadas em êem e ôo (ou ôos)

Antes

Crêem, dêem, lêem, vêem, prevêem, vôo, enjôos

Depois

Creem, deem, leem, veem, preveem, voo, enjoos


Acentuação 4 – some o acento diferencial

Antes

Pára, péla, pêlo, pólo, pêra, côa

Depois

Para, pela, pelo, polo, pera, coa

* Não some o acento diferencial em pôr (verbo) / por (preposição) e pôde (pretérito) / pode (presente). Fôrma, para diferenciar de forma, pode receber acento circunflexo


Acentuação 5 – some o acento agudo no u forte nos grupos gue, gui, que, qui, de verbos como averiguar, apaziguar, arguir, redarguir, enxaguar

Antes

Averigúe, apazigúe, ele argúi, enxagúe você

Depois

Averigue, apazigue, ele argui, enxague você

Observação: as demais regras de acentuação permanecem as mesmas


Hífen – veja como ficam as principais regras do hífen com prefixos:


Prefixos
Usa hífen
Não usa hífen

Agro, ante, anti, arqui, auto, contra, extra, infra, intra, macro, mega, micro, maxi, mini, semi, sobre, supra, tele, ultra...
Quando a palavra seguinte começa com h ou com vogal igual à última do prefixo: auto-hipnose, auto-observação, anti-herói, anti-imperalista, micro-ondas, mini-hotel
Em todos os demais casos: autorretrato, autossustentável, autoanálise, autocontrole, antirracista, antissocial, antivírus, minidicionário, minissaia, minirreforma, ultrassom

Hiper, inter, super
Quando a palavra seguinte começa com h ou com r: super-homem, inter-regional
Em todos os demais casos: hiperinflação, supersônico

Sub
Quando a palavra seguinte começa com b, h ou r: sub-base, sub-reino, sub-humano
Em todos os demais casos: subsecretário, subeditor

Vice
Sempre:

vice-rei, vice-presidente


Pan, circum
Quando a palavra seguinte começa com h, m, n ou vogais: pan-americano, circum-hospitalar
Em todos os demais casos: pansexual, circuncisão

Fonte: professor Sérgio Nogueira


As novas regras ortográficas passam a valer no dia 1º de janeiro de 2009. De acordo com o decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, até 2012 valem as duas formas de escrever: a antiga e a nova. O G1 usará apenas a nova forma.


No Ano Novo começa o chamado “período de transição”. Portugal, que também aprovou o acordo ortográfico, adotará as novas regras até 2014.


O guia acima traz as mudanças que já estão definidas. Ainda há exceções - por exemplo, no uso do hífen - que deverão ser discutidas entre as Academias de Letras dos países que falam a língua portuguesa. Espera-se que a Academia Brasileira de Letras organize um vocabulário até fevereiro de 2009.

Vale lembrar que o que muda é a grafia. Ou seja, nada de pronunciar “lin-gui-ça”. A fala continua a mesma, mesmo sem os dois pontinhos em cima do “u”.

Fonte : Professor Sérgio Nogueira (G1)

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Bossa Nova

A palavra "bossa" perto do final dos anos cinqüenta era uma gíria carioca que significava "jeito". Quando alguém fazia algo peculiar dizia-se logo que a pessoa tinha "bossa", isto é um estilo próprio.E a expressão bossa nova surgiu em oposição a tudo o que um grupo de jovens achava superado, era uma nova maneira de tocar, cantar e escrever. O ritmo nasceu nos botecos, praia e ruas de Ipanema, bairro em que viviam os pais do novo ritmo. O movimento musical virou até estilo de vida, traduzido com maestria nas poesias e músicas de Vinícius de Moraes, Tom Jobim, João Gilberto, Chico Buarque, Joyce e Nara Leão, Roberto Menescal, Emílio Santiago, entre tantos outros.Surgiu ai um novo estilo que foi difundido no mundo todo, algo nosso, com um gostinho brasileiro...

Choro

Gênero criado a partir da mistura de elementos das danças de salão européia e da música popular portuguesa, com influências da música africana. De início, era apenas uma maneira mais emotiva, chorosa, de interpretar uma melodia, cujos praticantes eram chamados de chorões.Surgiu cerca de 1870, no Rio, mas só tomou forma na primeira década do século 20.O flautista Joaquim Calado é considerado um dos criadores do Choro, ou pelo menos um dos principais colaboradores para a fixação do gênero, quando incorporou ao solo de flauta, dois violões e um cavaquinho, que improvisavam livremente em torno da melodia.De seu grupo fazia parte a pioneira maestrina Chiquinha Gonzaga, não só a primeira chorona, mas também a primeira pianista do gênero."O choro é todo mundo tocando, com seu coração, sua liberdade, sem regras, sem nada... a liberdade da arte".

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Cotados para eventos e especialidade

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Ceará-Mirim presta homenagens ao des. Aécio Sampaio

A Banda Tenente Djalma e o Grupo de Teatro Renovação receberam os convidados com muita música; A canção “Amigo”, de Milton Nascimento foi cantada pela servidora Márcia e as crianças do Centro Educacional Casa da Titia – CECAT e durante o jantar o show ficou sob a responsabilidade do Grupo de Chorinho Odeon que, ainda contou com a participação especial dos servidores Gerlane, Márcia e José Maria.

GRUPO Odeon

GRUPO Odeon
“Choro”
O Choro, popularmente chamado de chorinho, é um gênero musical, uma música popular e instrumental brasileira, com mais de 130 anos de existência. Os conjuntos que o executam são chamados de regionais e os músicos, compositores ou instrumentistas, são chamados de chorões. Apesar do nome, o gênero é em geral de ritmo agitado e alegre, caracterizado pelo virtuosismo e improviso dos participantes, que precisam ter muito estudo e técnica, ou pleno domínio de seu instrumento. O choro é considerado a primeira música popular urbana típica do Brasil e difícil de ser executado. Nosso samba segue o mesmo príncipio. A versatilidade e improviso com carinho a nossa música.
Partindo desse princípio formamos o Grupo Odeon, temos como filosofia manter a autenticidade das composições para que possamos além de executá-las, levar até nosso público a cultura do Choro e o Samba nosso de cada dia.
Fazemos apresentações em todos os tipos de eventos e festas.
Formado por 4 músicos:
Bruno César (Flauta transversal )
Nilson (vilão)
(percussão) Ney Charle e Cícero Vovô
Atenciosamente,
Bruno César e-mail – bruno_flute@yahoo.com (84) 91516885

A proposta do grupo

A proposta do grupo é bem sintetizada pelo nome escolhido, ou seja, seriedade, comprometimento e paixão pelo choro Com um vasto repertório as apresentações do “Odeon” nunca são iguais. O grupo preocupa-se em executar obras com as características que cada apresentação toma, influenciada pelo público e pelo local.
Poucos conseguem ficar indiferentes com pot pourri’s de choros de andamentos velozes e execuções vibrantes, da mesma forma que todos são envolvidos pelo ambiente melancólico e sereno que alguns choros proporcionam. É fundamentado nestas características do choro que o repertório das apresentações muitas vezes é definido no momento de sua execução. Contudo, havendo a necessidade, nada obsta que o Grupo defina um repertório rico, com tudo o que precisa uma grande apresentação.
Assim, Odeon, por onde passa conquista o público. A cada apresentação mais e mais pessoas são tocadas pelo choro executado por estes competentes músicos. Na Flauta Bruno César no vilão Nilson percussão Ney Charles e Cícero (Vovô)

História do Choro

História do Choro - O choro e o maxixe são os primeiros gêneros musicais instrumentais surgidos no Brasil. Destes dois, o choro foi o único que atravessou os tempos. Sua origem remonta à época colonial, numa fusão da música européia com a africana. As polcas, as valsas, os schottis da Europa - estilos que eram difundidos aqui pela classe burguesa - foram ganhando uma outra "roupagem" e "balanço" à medida que se mesclaram às inflexões rítmicas das músicas tocadas pelos escravos. Iniciou-se e difundiu-se na cidade do Rio de Janeiro, graças aos funcionários públicos do final do século XIX que, depois do expediente, reuniam-se em botecos e outros lugares para tocar e mostrar suas composições.

Apresentação